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Credits

PERFORMING ARTISTS
Isabel Silvestre
Isabel Silvestre
Vocals
Ricardo Dias
Ricardo Dias
Accordion
João Gil
João Gil
Guitar
Carlos Guerreiro
Carlos Guerreiro
Hurdy Gurdy
Jose Barros
Jose Barros
Mandolin
João Martins
João Martins
Recorder
Joao Nuno Represas
Joao Nuno Represas
Percussion
Manuel Rocha
Manuel Rocha
Violin
COMPOSITION & LYRICS
Carlos Tê
Carlos Tê
Lyrics
Rui Veloso
Rui Veloso
Composer
Artur Costa
Artur Costa
Arranger
PRODUCTION & ENGINEERING
João Gil
João Gil
Producer
Paulo Jorge Ferreira
Paulo Jorge Ferreira
Mastering Engineer
João Martins
João Martins
Mixing Engineer

Lyrics

Ai Senhor das Furnas, Que escuro vai dentro de nós, Rezar o terço ao fim da tarde, Só p'ra espantar a solidão, E rogar a Deus que nos guarde, Confiar-lhe o destino na mão. Que adianta saber as marés, Os frutos e as sementeiras, Tratar por tu os ofícios, Entender o suão e os animais, Falar o dialecto da terra, Conhecer-lhe o corpo pelos sinais. E do resto entender mal, Não ver os vultos furtivos, Que nos tramam por trás da luz. Ai Senhor das Furnas, Que escuro vai dentro de nós, A gente morre logo ao nascer, Com olhos rasos de lezíria, De boca em boca passando o saber, Com os provérbios que ficam na gíria. De que nos vale esta pureza, Sem ler fica-se pederneira, Agita-se a solidão cá no fundo, Fica-se sentado à soleira, A ouvir os ruídos do mundo, E a entende-los à nossa maneira. Carregar a superstição, De ser pequeno ser ninguém, Mas não quebrar a tradição, Que nos nossos avós já vem.
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