Querosene

(E a rua escura) É complicado (O vento frio) É complicado (Vento frio) É complicado (Vento frio) Tão hostil, brisa fria noturna Só a Lua escuta o chorar de uma puta Um dia em Copacabana, no outro em cana No fim das contas a vida é uma zona Trancado em um hotel, em cada dedo um anel Contando notas sabendo que é só papel Tudo fede a querosene, é o memo' vulgo da quebrada Uma faísca o fogo alastra, não sobra mais nada Na cozinha a produção nunca para Um pouco de pasta, faz a pedra, eu sei que estrala Ninguém se importa de onde vem, todo mundo usa o que tem Veneno se passa por bala Respeita o baile, foco é na diversão Fé nas criança, na cintura proteção Dinheiro gira, quebrada respira Só passa mal (Vento frio) quem contra conspira Na contra-mão vejo os cana subindo Os mulekote, corre pra entocar os pino Sem flagrante sairam no desbaratino Eu naquela idade ficava só assistindo Claro que entendo, mas acho que já tá perdido Não perco a fé, já que é de graça e traz sentido Sempre pra frente, escrevendo meu destino Linha por linha, o ódio é meu incentivo Quem mata mais, a pistola ou o distintivo Nascer linha de front é um ato institivo Fodase o ouro e bronze, prata combina comigo Se o plano der certo mais tarde eu te ligo, baby Mais tarde eu te ligo baby Mais tarde eu te ligo baby Mais tarde eu te ligo baby Mais tarde eu te ligo baby Mais tarde eu te ligo baby, pra dizer Tô no lucro, não morri cedo Se eu tô vivo é porque tive medo Se eu tô vivo é porque tive medo, pra dizer Tô no lucro, não morri cedo Se eu tô vivo é porque tive medo Se eu tô vivo é porque tive medo