Clichê.

Num piscar de olhos me faço presente Como se o mundo estivesse ao meu lado Como se eu tivesse um dublê E esses tiros não me acertassem Como se o auge do filme fosse meu corpo estirado E o som desse gatilho não me assustasse. A poli' no beco, a peça na cinta O b.o na mente, o bolso no zero O bico tá seco, tenho sete vidas Um gole na Brahma enquanto eu espero De cima do morro visão de coruja Na reta da Spin, a mira de um falcão Coiote à milhão na rota de fuga De cima da laje eu tenho a visão E assim nasce o clichê do neguin' meliante Vivendo a história que ninguém conhece Se a proposta é guerra seguimos adiante Com as armas que são proibidas por quem as fornece E assim nasce o clichê do neguin' meliante Vivendo a história que ninguém conhece Se a proposta é guerra seguimos adiante Com as armas que são proibidas por quem as fornece ... Seguimos na gestão inteligente, Zelando a paz dentro do quadrado Por muito mais que um vulgo E uma sigla pra defender Se eu não pensar dez anos a frente, Acabo no mínimo uns vinte atrasado Vivendo um filme Que mais um branco rico vai escrever E se eu visto a 10 e saio com a bola Tem uns bico que sempre vai se incomodar Se eu carrego 5 nota na sacola São 7 motivos pra eles me forjar Quem vende na USP é o corre da meta Quem vende em viela nasceu corrompido Um branco correndo em Moema é atleta Se eu corro no Santa viro foragido E assim nasce o clichê do neguin' meliante Vivendo a história que ninguém conhece Se a proposta é guerra seguimos adiante Com as armas que são proibidas por quem as fornece E assim nasce o clichê do neguin' meliante Vivendo a história que ninguém conhece Se a proposta é guerra seguimos adiante Com as armas que são proibidas por quem as fornece