Do chão de terra queima o asfalto
Essa é sem passaporte
Com meus irmãos entrego a carta
Além do próprio Estado
Sinta-se em casa, encontro os meus
Carrego em pensamento
O hip hop nos uniu
Além dos horizontes
Expande, encontra
Cada uma dessas formas de retornar
Cruzando a nado
O atlântico não é esplêndido
Posso andar sobre as águas
Raiz dessa genealogia
E numa tênue linha
Bastardos do mesmo pai
No respeito é bem vindo, ó
Banhar na cachoeira
Essa é a forma que me entrego
Reencontrar depois de tanto tempo
Já velhos, vejo as marcas das pegadas
E na bola do céu brilha
O olho é só a janela
Boca fala o que transborda
Muito prazer em vê-los
Somos margem pra que outros
Possam ir além das telas
Tu me compreendes, ô
Latino soy BR
Num idioma que nem sempre tá nos livros
Então muda a rota e fala baixo
Eu não sou surdo
Voltas que o mundo dá
Resistir é acreditar ainda
Rap é meu lar
Cultura porto seguro
Reescrevendo a história
Sempre nóis, hoje mais ainda
Então muda a rota e fala baixo
Eu não sou surdo
Voltas que o mundo dá
Resistir é acreditar ainda
Rap é meu lar
Cultura porto seguro
Reescrevendo a história
Estava em branco, somos a tinta
Mundo pegando fogo
Pretos em busca do topo
Se vacilar toma toco
E assim sigo na sombra
O povo não é bobo
Não queremos o troco
Quero o dobro do dobro
Pra ficar na lombra
Não me venha com pouco
Se precisar, meto o loco
Nunca me deu desgosto
Tô pique Abdias
Versos que queimam Nero
Tomo drink no inferno
No passado moderno
Minha noite vira dia
Então muda a rota e fala baixo
Eu não sou surdo
Voltas que o mundo dá
Resistir é acreditar ainda
Rap é meu lar
Cultura porto seguro
Reescrevendo a história
Sempre nóis, hoje mais ainda
Então muda a rota e fala baixo
Eu não sou surdo
Voltas que o mundo dá
Resistir é acreditar ainda
Rap é meu lar
Cultura porto seguro
Reescrevendo a história
Estava em branco, somos a tinta
Então muda a rota e fala baixo
Eu não sou surdo
Voltas que o mundo dá
Resistir é acreditar ainda
Rap é meu lar
Cultura porto seguro
Reescrevendo a história
Estava em branco, somos a tinta
